A filosofia já foi para os gregos o mais importante: era o seu desejo, seu empenho na recuperação de seu “objeto perdido”, o UM, nas malhas do logos, em suma, captar o ser no pensar. Na Idade Média cristã, a filosofia perde a majestade, e passa ao papel de mera serva da teologia. Na modernidade, a teologia cede lugar à ciência e a filosofia vai assumir um papel honorífico, de ancestral da ciência. Em suma, a filosofia estaria posicionada no primeiro vértice de um triângulo, com a teologia (cristã) no vértice oposto e a ciência no vértice superior. Há uma versão levemente diferente, positivista conteana, onde as posições da filosofia e da teologia aparecem trocadas, porque a teologia é ali identificada com o mito, de sorte que a filosofia fica na posição média de uma escada de três degraus, tendo abaixo o mito(religião) e acima a ciência. Ambas tem sentido.
Mas o mais importante hoje é procurarmos responder o que é e sim o que poderá vir a ser a filosofia. No momento em que a Modernidade dá sinais de exaustão, abre-se à filosofia a oportunidade de assumir um papel todo especial de vanguarda, de crítica da cultura, a iluminar os caminhos para o advento de um pensamento e desejo utópicos, ou seja, de desbloquear a história.
Nesse lugar (estratégico?) da filosofia, hoje, qual é o papel do trabalho de descrição das quatro lógicas que o sr. reconhece como adscritas ao ato de pensar? E qual é o sentido da proposta (mais polêmica) de uma lógica nova, ou até então desconhecida? (ACHO A PERGUNTA MEIO ENROLADA]
Uma visão retrospectiva da história da filosofia nos mostra que grandes pensadores foram justamente aqueles que deram uma especial contribuição à lógica: Parmênides, Heráclito, Platão , Aristóteles, Leibniz, Kant, Hegel, Husserl. Lacan um dia será admitido nesta lista!
Isto acontece pela simples razão que pensar algo novo obriga a descobrir, ao mesmo tempo, o modo de pensá-lo ou de mentalmente apreendê-lo: como pensar a idéia sem a dialética platônica, como pensar o sujeito da ciência sem a lógica transcendental de Kant, como pensar a história sem a dialética?.
Se estamos no limiar de um nova cultura, teremos uma nova concepção do homem, e precisaremos de um modo próprio para pensá-lo; uma nova lógica a fundamentar uma nova antropologia filosófica. Já pensamos o ser como o mesmo, como o outro, como o movimento (ou história), como repouso (ou sistema ou máquina, como agora); só falta pensá-lo como síntese de tudo isto, ou como o ser propriamente dito. Nada disso eu inventei: está no diálogo Sofista de Platão
Em seu trabalho, se tem acesso ao que seriam os fundamentos e pressupostos do pensamento, ou seja, às lógicas. Mas o sr. não se esquiva de apontar uma capacidade dessas lógicas de sondar ou prever desdobramentos do momento presente, possibilidades futuras. Faz isso mesmo correndo o risco de ser acusado de arriscar profecias. Como justificar essa capacidade, digamos, de premonição do pensamentos das lógicas?
S - Nem todo modo de pensar é expedito em tirar conclusões, isto é, tirar verdades de verdades estabelecidas. Isto é a especialidade de lógica formal.
Quando você está escrevendo uma poesia, na minha opinião você está pensando, não obviamente com o pensamento lógico-formal , mas com o “pensamento inconsciente” e neste caso você menos deduz do que escuta, pois é daí que pode chegar a verdade mais profunda de seu poema. Isto não quer dizer que não se produzam verdades históricas por via poética (todo mundo viu o 11 de setembro descrito no poema de Drumond), mas o problema é que elas não estão em ordem cronológica de realização.... Para fazer uma nova previsão como esta não adianta ver a poesia da página seguinte. Talvez abrindo em uma página ao acaso você acerte o que será 12 de setembro.
Bem a lógica hiperdialética subsume ou incorpora todas as lógicas conhecidas, alem destas duas já mencionadas – a formal e a do inconsciente (também chamada da diferença ou do significante) – acrescentar[íamos a lógica do ser-consciente, do cogito cartesiano ou do sujeito da ciência kantiano e ainda a lógica dialética tão ao gosto de Hegel e Marx. È pois evidente, que ela herda o poder de “prever” coisas de todas estas quatro lógicas, inclusive, da lógica formal. Meus amigos podem dar testemunhos de previsões muito antecipada que fizemos em conferências como a queda do muro de Berlim, o colapso da URSS, a desintegração da Iugoslávia , a revolta dos Chiapas, mais ou menos como acabaria o Fujimore, e coisas assim. O problema é que sendo previsões de muito longo prazo, perde-se a precisão do tempo. Mas a medida que o seu tempo amadurece, nossa previsões também se afina.
Mas não acho isto importante. Esta macro visão histórica não tem a finalidade de ganhar na Bolsa, mas de reencontrar o sentido de nossas vida.
Com a queda do marxismo (que se deu décadas antes da queda do muro de
Berlim), tornou-se uma espécie de tarefa da parte pensante da cultura
ocidental rever os erros do materialismo histórico, que estava sendo,
naquele momento, destronada do posto de mais potente teoria de emancipação política de fins do século XIX até meados do XX. O sr. propõe uma descrição bastante clara da saga de ascensão e derrocada do marxismo. Qual seria?
Na minha opinião, Marx não é um filósofo maior, pois, como eu já disse, para tanto seria preciso trazer uma contribuição de peso à lógica. Em termos de filosofia, Marx deveria vir sempre como principal figura da esquerda hegeliana.
Acho, pois, que os acontecimentos do século XX não lhe alteraram a posição na história da filosofia.
Porém, justamente como crítico da cultura é ele quem traça a estratégia por onde se poderia começar a crítica da modernidade (cujo modo de produção principal tem sido o capitalismo). Isto também é uma contribuição definitiva, que os referidos acontecimentos pouco pode afetar. Marx faz a descoberta do motor oculto do capitalismo; o processo cego de acumulação de capital. Erra em desconsiderar que a face aparente, ciência e livre iniciativa (democracia, como viu Nietzsche) não deixavam por isso de existir também como aspectos relevantes. Por isso nada viu da reserva estratégica da modernidade, o imaginário das massas, que veio gerar o capitalismo consumista etnocida (cujos efeitos, paradoxalmente, ele previu com exatidão no Manifesto). Seu grande erro foi propor como solução a aliança com a ciência, o socialismo científico. Aí, não tem jeito e é isto que limita sua estatura histórica. Estudar Marx, principalmente ao lado de Nietzsche, Heidegger, Freud/Lacan para melhor proceder a uma crítica da modernidade , tudo bem. Mas ser marxista, é tietagem. Todas estas altas e baixas que você descreveu tenderão a perder sua significação, foram coisas que só aconteceram no imaginário de certos grupos. No entanto, reconheço que ainda são hoje atuantes no sentido de bloquear os caminhos de uma verdadeira libertação. Nenhum capitalista acha o capitalismo invencível (veja a dificuldade que o Bush tem tido para representar esta proposição), só a esquerda acredita nela, pois, caso contrário, terá que admitir a sua incompetência.
Apesar dessa crítica ao materialismo histórico, um desdobramento natural de seus fracassos teóricos e práticos, o sr. não deixa de criticar a tendência atual a se suprimir do pensamento a História - ou, mais fundo, a própria dialética, instrumento "preparado" por Hegel para se lidar com a História no nível da filosofia. O que motiva, em termos lógicas (ou, na esfera das lógicas), essa defesa da História, hoje?
S- Minha crítica a Hegel (por tabela a Marx) não é por excesso, mas carência de historicidade – a dialética é pouco para confrontar com a ciência; precisamos de uma hiperdialética, que subsuma a lógica formal, a lógica da ciência. Para que tudo isso? Para derrotar realmente (não apenas imaginariamente) a modernidade científica em sua fase etnocida. Eu considero isto um bom motivo.
Já tenho afirmado que só é grade filósofo aquele que visa uma coisa nova, mas para tanto precisará descobrir, concomitantemente, o modo de pensá-la, . Por conseqüência todo grande pensador é um grande lógico. Hegel visava a história e para tanto teve que reviver a dialética. Isto não é nada difícil. Só podemos falar de história do Brasil se o Brasil de algum modo permanecer o mesmo e se de algum modo se modificar, ou seja se tornar outro. Ora para pensar a História do Brasil precisamos de um pensar síntese dos pensares do mesmo e do outro e isto se chama dialética. Marx, até aqui está inteiramente solidário com Hegel. O grande problema é que isto é pensado quando o mundo já está em plena revolução científico-industrial, governado pois pala lógica formal, capaz de promover o cálculo de todas as coisa do mundo. Isto não quer dizer que já não havia mais história, mas que esta assumira uma complexidade maior, em nossos termos, tornara-se hiperdialética, síntese da identidade e de duas diferenças para que nela coubesse a própria cultura científica. Por que Hegel e Marx não viram isto. A meu ver a dialética já fora desvelada por Platão para pensar o símbolo pleno ou convencional, que é de fato o ser máximo (ou absoluto) considerado o mundo objetivo. No entanto, quando a dialética pensa a história ela não pode mais se ter por absoluta, ela será totalizadora mas não absoluta, sempre história de, história de alguma coisa no mundo. A história absoluta passa a ser hiperdialética. Marx de algum modo sentia isto e namorava estreitamente com o positivismo, daí seu materialismo e seu socialismo científico. Já Hegel repudiava todo o formalismo e pensava a realidade como idéia ou como espírito (cultura). Entretanto, não havia possibilidade de remendo como iria mostrar a marcha inexorável da modernidade científica. O historicismo hegeliano é insuficiente para dar conta de uma fenomenologia do espirito moderno. O historicismo marxista é impotente para se confrontar com a cultura científica. Mas isto não significa que devemos ficar sem fenomenologia do espírito ou que a história já parou nem sem uma crítica radical da modernidade científica Cremos que a lógica hiperdialética dá conta exatamente destas duas tarefas
Por falar em Hegel, há quem diga que o pensamento das lógicas, que o sr. empreende, pela sua característica de prever uma direção da História do pensamento na direção de uma lógica mais ampliada e própria ao ser humano, que em certos momentos já a pratica sem o saber, é irmão do pensamento de Hegel. Qual seria o grau de parentesco? E quais são as divergências mais inconciliáveis?
S- Hegel é muito inteligente por isso não precisava ser tão malandro, tentando nos impor não apenas uma visão da História, mas também nos impor o lugar que ele deseja que ovissemos. A sua posição na trinca do idealismo alemão caso Fichte, Schelling, Hegel é exemplar. Acho que é preciso cuidado. Ele tenta impor a linha Heráclito (ele diz não Ter dispensado uma só palavra de seus fragmentos lógicos) o lógico-dialético nascente, e ele, Hegel, o lógico-dialético acabado, qualquer outro futuro, mesmo dialético, passa a serum lógico-redundante; ele já teria dito tudo. Heidegger que é como Hegel, gênio da filosofia e da malandragem, vê que a seqüência real é Parmênide, para o qual ser e pensar são o mesmo, a nível transcendental,e Hegel, onde ser e pensar são o mesmo a nível dialético. O fato é que o eixo ordenador não está no grau da perfeição como queria fazer crer Hegel, mas no nível lógico. Para Heidegger que recusa como metafísica a tese da mesmidade de ser e pensar , ficam os dois desclassificados, ou seja classificados de metafísicos ou traidores do espírito indo-europeu.
Para nós, é aí que a coisa começa, porque a impotência do Marxismo é uma herança da impotência da dialética em relação à lógica formal , mas não impede o advento de uma hiperdialética capaz de subsumir a lógica da ciência e proceder a crítica radical da ciência. A hiperdialética que propomos, por certo Heidegger iria chamar de hipermetafísica, porque é precisamente aquilo que sucede o hegelianismo na linhagem das lógicas da totalidade.. È preciso desmontar antes a malandragem hegeliana, como faz Heidegger, para situar a cultura hiperdialética.
Quer dizer que seqüência correta não é Heráclito , Hegel e o Dialético-Redundante, mas como propõe você, até se apoiando, ainda que em parte, na autoridade de Heidegger, a seqüência Parmênides, Hegel, Sampaio?
S – O professor Aquiles Côrtes Guimarães num prefácio desta minha obra diz exatamente isto, mas de um modo bastante discreto. Considero o que disse uma brincadeira séria, no sentido de que traduz, sobretudo, sua compreensão profunda do queaqui está em jogo; nem vou fazer caso da provocação. Entretanto, vale lembrar que a passagem da modernidade à cultura nova hiperdialética não segue mais uma lógica trinitária que referendaria certas conclusões por similitude, como esta que você acaba de fazer. Há aqui uma quebra estrutural profunda, lógica, que nos leva a prever uma certa dissolução do personalismo em favor de um coletivismo maduro. Talvez a seqüência própria venha ser nós (I), nós (I/D), nós futuramente (I/D/D), onde nós seja eu, tu , ele, mas também, ser, haver (ou pensar), amar. Queero alertar que nossa linguagem irá se alterar profundamente com o advento da cultura nova, vist que a linguagem é de estatuto lógico hiperdialético, de sorte que estará acabando a auto-censura (lógica) da cultura à linguagem tanto quanto ao homem.
Já que estamos falando de dialética e de História, análises sérias sobre o atentado de 11 de setembro concordaram em que se tratou daquele tipo de acontecimento que afeta a todos e que, portanto, é chamado de histórico - uma espécie de cala-a-boca aos que, apressadamente, queriam suprimir a dialética histórica do pensamento. Ao mesmo tempo, uma certa pasmaceira, ligada, é claro, à forma de se veicular todo e qualquer tipo de discussão hoje, e a facilidade com que o conflito localizado no Afeganistão se desenrolou para o lado mais forte (além, é claro, de uma certa "censura de guerra" ao debate), dão a impressão de que o episódio traumático já estaria superado pelo Ocidente - com o que nem todos concordam. O que se pode dizer o debate, neste momento, usando como ferramenta o pensamento das lógicas?
S- Não tenho dúvidas quanto ao sentido histórico doacontecimento, e por isso levaremos ainda algum tempo para compreendê-lo em toda sua extensão e intenção. Apenas eu gostaria de articulá-lo com outros episódios que ainda não foram considerados verdadeiramente históricosno sentido aqui implícito – o assassinato dos irmãos Kennedy e, o mais recente , o atentado de Oklahoma. Todos tiveram UM autor, o que demonstra que há uma decisão fechada em não admitir outro racional, ou seja, de nada apurar. Há UM louco e não há OUTRO. Isto é que é grave; a decisão coletiva de não querer saber do OUTRO (interno). Os casos anteriores não foram apurados (para o grande público) e o de 11 de setembro irá repetir o padrão. As autoridades sabem, mas todos, presumivelmente, estariam de acordo em não querer saber. Há um quarto episódio de mesma gravidade que foi o assassinato de um casal de namorados que foi elevado á categoria de ação afirmativa. Um outro episódio igual a este, com a internet funcionando, pode funcionar como um estopim de um conflito social cujas proporções farão esquecer o 11 de setembro.
Veja a gravidade das situação mental de uma cultura que ao invés de admitir outros, prefere executar seus loucos?
O sr. chegou a propor que a cultura brasileira (junto com a indiana) teria um papel preponderante em um possível ponto de inflexão da modernidade. Depois do 11 de setembro, o sr. apontou a lógica ligada à cultura judaica como tendo chances de servir como uma espécie de vanguarda cultural da mudança. O que justifica, no nível das lógicas, a primeira e a segunda "previsões"?
Os acontecimentos de 11 de setembro obrigaram a que todos revissem suas certezas. A minha grade revisão foi exatamente quanto a posição da cultura judaica nos futuros acontecimentos. De modo geral eu dizia que a nova cultura só poderia nascer numa “área” de intensa mistura de culturas, mas onde a modernidade tivesse fortemente enraizada.
. Quando se estuda as grandes mudanças culturais históricas verificamos que elas acontecem pela convergência de um fundamentalismo que a capaz de suportar a pressão da cultura dominante para não negá-la, mais simplesmente subsumi-la. Fazê-la meio, quando ele era antes o fim último. As “áreas” onde isto na atualidade pode acontecer são precisamente Brasil e Índia.. Este juízo não apenas meu mas dos “radares intelectuais” dos países dominantes. ( é só atentar para os seus exemplos dis-traídos, como por exemplo no livro do Clifor Geerz
Bem, isto não deixa de ser verdade em termos de “área” mas não necessariamente em termos de sujeito sócio-cultural. Há uma terceira possibilidade que é uma cisão profunda num dos sócios da modernidade, na medida em que tal cultura mais e mais conflita com sua tradição. Para ser bastante explícito. O judaísmo esquece o Deus único e se associa definitivamente com a modernidade, ou seja com o capitalismo, na presunção que atingimos o fim da história. Porque lutar contra a família D se a ciência D/D já ganhou. O judaísmo, ante os acontecimentos críticos de 11 de setembro, ou se associa definitivamente com Prometeu científico ou mais uma vez se curva diante de seu Deus, e parte para sua terceira e definitiva aliança, largando o barco da modernidade, voltando ao seio da sua família originária I, liderando um movimento pela cultura I/D/D.
Em termos econômicos, como tanto se gosta, até que ponto irá se manter a aliança entre os EUA e o capitalismo financeiro internacional. Ninguém deve esquecer que com os acontecimentos de 11 de setembro o marco alemão subiu (por consenso do mercado internacional!)
Tudo que estou dizendo aqui deve ser lido com o devido cuidado, porque há quase zero de informação e 100% de ilação; no entanto, sem hipóteses, jamais daremos de cara com as informações relevantes. Há pois um risco, mas não se pode também viver sem risco.
Não se pode esquecer que o judaísmo nasceu de um cisma desta espécie, o cristianismo também. Porque não pode acontecer pela terceira vez?
Uma de suas frases mais marcantes sobre a modernidade é a que lhe imputa a característica de etnocida. Por que a modernidade é, ou escolheu ser, necessariamente, etnocida? Como descrever esse momento?
È o próprio discurso dominante empresarial que distingue a era do market share nova fase do mind share. Isto quase diz tudo: a apropriação pela empresa de parte do mind (com todas as suas funções, particularmente o desejo) é que se tornou condição de lucro. Isto corresponde a uma mutação do capitalismo cujo motor estava do lado da oferta, da produção/acumulação de capital e oferta de produtos cada vez mais baratos e agora tem seu motor na demanda, na capacidade de afetar a demanda agregada pelas técnicas de marketing. Assim, se antes a introdução de empresas produtivas e produtos afetava a cultura, agora a coisa se inverteu, é preciso acabar com a cultura do outro como condição de produção do lucro.
Para ser bem claro: o objetivo primeiro de uma multinacional aqui no Brasil é acabar com a festa de São João e substituí-la pelo Halloween, acabar com as cantigas de roda tradicionais de nossas crianças e substituí-la por alguma imbecilidade emitida pela Xuxa, cujos direitos autorias ela controla, e pode substituir todo ano. A nosso intelectualidade é burra demais: não há globalização e sim um processo de extermínio de todas as culturas que não sejam a moderna científica européia. (e umas poucas que lhe estão associadas e estão preservadas inclusive com técnicas nível biomolecular religiosamente controladas)
Por que e em que medida a idéia de cultura é preponderante em seu modo de pensar?
A palavra cultura faz parte de uma tríade bem serrada: ela é um dos três modos de visar objetivamente o ser-social. O ser–social é a síntese do um (individualidades) e do múltiplo (multiplicidade de individualidades). Assim sendo ela se mantém pelo equilíbrio das forças unificantes (a cultura) e das forças dispersivas (econômicas) numa harmonia dialética de alto nível (a política). Neste sentido, o menos importante é a economia. No fundo o mais importante é a política que condiciona o resultado final. Porém, se a conjuntura privilegia a economia, a cultura passa a ser o decisivo. È por onde se pode traçar uma estratégia de sobrevivência. Hoje a cultura é o mais vital porque a força da cultura dominante é econômica e sua estratégia tornou-se francamente etnocida. Hoje dominar o imaginário do outro é condição do lucro. Isto é dito sem o menor pudor até pelo Peter Druker que fala ( até com certas restrições) na era do mind share em contraposição ao antigo market share.
AL-Uma de suas ”demonstrações” de maior impacto é a luta das famílias das culturas identitárias (culturas semíticas) e das culturas lógico-diferenciais (culturas indo-européias) Você então mostra que as figuras proféticas de Moisés (egípcio) e Cristo (grego, trágico, abandonado pelo Pai na Cruz) permitem a passagem da cultura tribal (abraânica á cultura sedentária salomônica (de Judá e Israel) negando a vivência egípcia e depois do judaísmo á cultura universalista cristã negando a vivência grega.
S- Exato, é isto que eu chamo ideologia da geração cultural incestuosa, pois nega a contribuição inequívoca da cultura da família oposta na progressão. E uma espécie de Romeu e Julieta cultural, porque se numa pequena cidade existem apenas duas grandes famílias inimigas, da identidade e da diferença, como podem os jovens se casar a não incestuosamente (não importa aqui a noção de grau)?
AL- Continuando. Do lado indo-europeu estariam as figuras dos filósofos Parmênides e Platão, o primeiro fazendo o papel de profeta semítico e o segundo de teólogo cristão, o primeiro negando a contribuição semítica à passagem da cultura paleolítica à cultura grega (apagando o fato que a filosofia só nasce depois dos contatos das colônias gregas com a cultura semítica na Ásia Menor) e o segundo negando a passagem das culturas tribais romanizadas à cultura moderna sem passar pelo cristianismo.
S – Novamente exato. Tal caracterização de Platão é inconteste no pensamento alemão desde os longos papos dos amigos Hölderlin/Hegel, passando por Nietzsche e chegando a Heiddeger. Quanto a Parmênides, custou-se muito a perceber isto. Eu só não reivindico a prioridade porque Heidegger fez uma conferência denominada Moira (Parmênides) onde centra seus comentários sobre o famoso fragmento III – porque a mesma coisa são pensamento e ser – que ele bem caracteriza como o momento de desvio metafísico (semítico) do pensamento indo-europeu. Esta conferência pode ser considerado como uma primeira escaramuça lógica para se chegar a minha afirmação.
AL- Se eu não o tivesse entendido bem, se não estivéssemos em estado de tanta afinação com respeito ao entendimento de suas idéias, eu estaria bem mais tranqüilo. As conseqüências de sua postulações são no mínimo terríveis. Tiro algumas, quase imediatas: os inventores do antisemitismo (a rigor, do ant-indoeuropeiismo) foram os semitas. Moisés é o patrono de todos os anti qualquer coisa. Tudo isto tem uma motivação incestuosa. O alemães são inocentes, posto que nazismo foi apenas uma forra. Não é alarmante? Era aqui que eu queria chegar.
S- Eu poderia argumentar que se um povo se diz escolhido por um Deus único, não pode ter outras conseqüências. Mas isto seria baixar o nível da conversa. Vejamos cada uma das suas “terríveis” proposições.
A cultura judaica é inventora, sim, de todos os anti, não porque seja especialmente má, mas porque foi o povo que inventou a importância da cultura (isto é da liberdade) Antes dos judeus ninguém atinava que se fosse vencido militar e economicamente, poderia sobreviver e se recuperar. O Êxodo é a epopéia decorrente da decisão pela liberdade em detrimento da escravidão (da água). Já era tempo de termos aprendido isto. Sem anti-egipcismo estariam eles ainda no cativeiro ou desaparecido da História
Quanto a Moisés, consulte-se Freud. Não importa a sua verdadeira nacionalidade, mas o fato de ser um autêntico membro da cultura egípcia. A motivação incestuosa foi justamente o que atraiu o faro de Freud, não se precisa dizer mais.
O nazismo é uma vingança. Yavé deve estar há muito aborrecido com os judeus que viabilizam a modernidade científica, ou seja o capitalismo. Já enviou Hitler e o pavor é que Yavé, enfurecido, envie coisa ainda pior. Os judeus sabem disso muito mais do que eu, que não tenho qualquer intimidade com seu Deus. Boa parte da intelectualidade judaica sabe disso e procura escrever história dialética (hegeliano, marxista, etc.) de suas vivências, mas não conseguem apagar a voz da velha tradição. Esta é a grande contradição que cresce entre eles, e mais se agrava na medida que o capitalismo se faz etnocida. Hoje o judaísmo oficial é sócio do consumismo etnocida.
Bem, quanto aos alemães eu diria que não são inocentes. O prolongamento do esquema ideológico para a modernidade é falso porque a história não é dialética e sim hiperdialética. Os ingleses não têm este problema. Portanto a “cremação” de Platão é fruto de uma extrapolação dialética de uma história que já se tornou hiperdialética. A cultura que sucede a cristã medieval (I/D) não é a cultura puramente racionalista (D/D), como acreditaram Portugal e Espanha. A cultura moderna é racionalismo formal (D/D) com sujeito liberal (I), ou seja, uma cultura machista. O nazismo exigiu muita cooperação: Hölderlin, Hegel, Marx, Nietzsche, Heidgger e quantos mais. O drama hoje é se livrar de Hitler e preservar a filosofia alemã. Mesmo que tivessem feito de Heidegger um bin Laden e deixado interná-lo num hospício, como queriam ingleses e americanos, seria muito pouco. Ademais, pouco reservado como quase todo intelectual, Heidegger teria a seu favor ter acendido muitas luzes para permitir a compreensão da questão alemã/européia que poderiam fazer o lado contrário melhor combater o próprio nazismo. Heidegger é indigesto porque tira o álibi de muita gente.
Em suma o projeto nazista é fruto de um terrível erro de compreensão histórica, que se resume em acreditá-la dialética quando ela já se consolidara como hiperdialética. Nestas circunstância o nazismo é uma delírio de criar um capitalismo romântico, ciência com sujeito romântico, superego a serviço do id. Já se consolidara, havia muito, um capitalismo paradigmático. A ele aderia o mais rápido e inteligentemente possível (o que faz hoje a Alemanha) ou se reservava para uma cultura nova após-moderna. Os alemão de um erro histórica terrível, preferiram abandonar a história onde de fato agiam tão desastradamente e entrar limpamente para o fim da modernidade. (liderados pelo Rose Blair., lider da nação que inventou a guerra exclusiva aos civis)
Os alemães precisam fazer uma urgente (psico)análise de sua história, pois já estão ensaiando jogar bomba em vizinhos e em povos miseráveis mais longínquos. O Ocidente, louco por números, deveria publicar o rank das atrocidades de seus membros, desde os descobrimentos (dos infelizes).
AL-Poderíamos então dizer que Moisés e Cristo de lado semítico e Parmênides e Platão do lado indo europeu são as 4 grandes figursa da huistória (do Ocidente)
S- Apenas num certo sentido, porque o lado semítico evolui segundo ciclos dialéticos, de modo que as figuras mediadoras acabam consumando a nova síntese, e passam a heróis da família; é claramente o caso de Cristo e quase Moisés. Já o lado indo-europeu, que evolui segundo ciclos contradialéticos, a figura mediadora assume o papel de vilão da família; assim seria com Parmênides (inventor da traição metafísica) e Platão (que se deixou levar de filósofo a teólogo cristão avant la lettre). Mas não esqueça que não estamos numa história dialética e com isso explicamos os erros e não abrimos os novos caminhos. È preciso olhar isso com olhos um pouco de gozação carioca.
A moeda do país hegemônico é usada, considerando-se apenas as relações internacionais, como meio de troca (um acréscimo do volume geral de trocas exige um estoque maior de moeda) e como reserva de valor (para suportar o aumento do volume de acumulação sem contrapartida física, portanto, dívida de terceiro. Esta é um benefício de possuir a moeda de referência mundial que estabelece que o aumento do comercio mundial e da acumulação financeira internacional paga necessariamente ao estado emissor da referida moeda sem qualquer contrapartida. È óbvio que o estado emissor pode abusar emitindo além destas necessidade, criando um imposto sobre imposto. A conversibilidade de sua moeda em metal, s serviria. Em princípio de freio ao abuso.
Isto veio acontecendo e a França tentou esboçar uma reação e a resposta americana foi declarar a inconversibilidade do dólar. Em princípio isto teria sido um desastre, porque é uma declaração explícita de má fé. Porque não errado? Ou melhor ainda não deu certo? Em parte pelo poder militar americano, mas isto não teria sido suficiente porque o EUA teria que pagar para ver. A nosso ver isto só funcionou porque a acumulação financeira (que não tem contrapartida real e portanto é dívida de terceiro, de um contratante explicito ou de um governo que vende a mão de obra d futura de seus súditos , até dos que ainda não nasceram. Para os EUA isto não é problema, porque , guardadas suas reservas ele pode a hora que quiser criar o novo dólar conversível e fazer sua dívida virar pó. Ora , os acumuladores internacionais sabem disso e sua idéia óbvia é acumular no que é hoje possível, e com o tempo diversificar sua carteira. Por outro lado forças econômicas dentro dos EUA, de tradição autárquica, acham esta política desnacionalizante. Em suma , hoje a economia americana está se internacionalizando do mercado financeiro internacional se americanizando. Esta conjugação é explosiva, porque ambos os lados lucram muito com isto a curto prazo, porém sabem que ele é mortal para seus interesses vitais (tradicionais e de longo prazo. O controle dos fundos terroristas, dará maior controle também dos fundos do narcotráfico, da corrupção, e naturalmente, dos fundos internacionais voláteis.
O euro é já uma medida preventiva contra os EUA, que não teria acontecido somente apoio internacional (não estamos dizendo europeu)
A Argentina é nosso mais perigoso vizinho, porque pela história e pelo porte poderia ter uma papel ativo na política do mundo, o que não dizer na América Latina. Sua classe dirigente só se manterá (como consulesa) se mostrar que este era o destino do mundo como mostra o destino do Brasil. O fracasso do Brasil é a única salvação para a elite argentina (que é da mesma laia da brasileira ou pior). A nossa política com a Argentina deveria ser prioritariamente cultural, povo a povo, para neutralizar a referida elite. Porque a nossa é da mesma laia, é que enveredamos pelo Mercosul. (Quanto já nos custou esta palhaçada, onde as multinacionais vendem de lá para cá para não pagar impostos). Quem financia a palhaçada são as crianças sem escola e o povo sem assistência médica e amparo na velhice. Onde está a esquerda? No exercício da regime farsista.
Durante algum tempo que participei do lobby em favor das telecomunicações estatais, cheguei a três diferenças entre a direita e a esquerda:
a) a primeira é que a direita pode até ser contra, mas consegue entender o que você diz
b) se assumir um compromisso, vai cumprir, porque não tem cara para dizer que não lembra ou esquece o
c) se estamos no café, puxa o cartão e paga a conta e não propõe que se rache a conta.
A única conquista real na constituição de 1988 foi obtida pelo cumprimento da palavra de um deputado do PFL. Quando a ouvi na televisão, fiquei perplexo. Saiu exatamente o texto que eu ditara o referido deputado referendara.
Apesar da idade o sr. ainda é um nome pouco conhecido. Só lançou seu livro `solo´ em 2000 e um segundo em 2001. Agora aparece esta Filosofia da Cultura, que recebe os mais elevados elogios de intelectuais de grande porte. Jà ouvi dizer que cada página, desenvolvida detalhadamente daria uma tese de doutorado. O sr. é alguém que se esconde ou produz com extrema morosidade?
S- A primeira versão deste livro data de 1985 e foi levado a algumas editoras, gigantes e minúsculas, e também médias, mas ninguém demonstrou o menor interesse. Como não publico, tenho a vantagem de corrigir a toda hora. Cada um dos tópicos deste livro foi revisto pelo menos 100 vezes., e estou contando o tempo em que passei a trabalhar direto no computador. Acho que a resposta à sua resposta é ambas: me escondo, trabalho com morosidade e pour cause, acham bom me esconderem um pouco.
Quanto à questão da geração de teses, já guardo cópia de 12 trabalhos, sendo dois de doutorado, mestrado e equivalentes que em maior ou menor medida fazem referência aos meus trabalhos. Acho que gerar 390, quantas são as páginas do livro, é um pouco de exagero.
A propósito, apenas a História da filosofia no Brasil, de Jorge Jaime, da Vozes menciona o seu nome, aliás , com um grande destaque.
S- Certa feita eu conversava com um historiador da filosofia no Brasil sobre a inclusão do Newton da Costa, quando veio a tona a questão da propriedade de fazê-lo, na medida em que a lógica virará lógica matemática. Mesmo que assim seja, dizia eu, devemos forçar a barra, incluí-lo de qualquer modo para o prestígio da sua obra. Par completar disse: ou ele entra para a história da filosofia no Brasil ou somos nós que entramos na história da cegueira no Brasil. Os historiadores de qualquer coisa no Brasil, transformam facilmente especialidade acadêmica numa forma de exercício de poder político. O historiadores de seu próprio tempo têm este poder, mais o julgamento da História sobre eles é cruel.
No meu caso particular, primeiro que não tenho uma carreira acadêmica longa e habitual, de outro lado trabalhando igualmente em saberes “duros” e “macios” fica realmente difícil uma avaliação global. Eu obviamente me incluiria , mas só depois de muitas enquetes com diversos especialistas. Se nenhum deles me pegasse, eu me incluiria.
Na sua opinião, qual a tarefa fundamental da filosofia hoje, se é que ela existe?
A tarefa realmente séria da hora presente é fazer ressurgir na Terra, à luz do Sol, a vontade e o pensamento utópicos, o que não poderá ser alcançado sem a prévia restauração de nossa capacidade crítica radical da cultura, em particular, da Modernidade. Ernst Cassirer defende exatamente a idéia que a filosofia deva hoje assumir tal posição, mas, no momento em que estabelece que o discurso científico constitui o ápice dentre todos os modos de pensar, está justamente decretando a impossibilidade do efetivo exercício de sua própria proposta... É muita ingenuidade acreditar que alguma ciência vá trair as de sua laia, por isso, só a Filosofia – uma filosofia renovada – pode assumir essa responsabilidade.
Tendo-se em consideração que a Ciência é a viga mestra da Modernidade, a crítica desta última passa obrigatoriamente pelo esforço de compreensão profunda da primeira. A Filosofia não pode se eximir, pois, de enfrentar a Ciência, conquanto caiba-lhe o direito de escolher as armas. Todos os antigos mais um novo pensamento que a todos subsuma – uma lógica hiperdialética –, a serviço da leitura plena do mundo; esta seria a escolha.
E que valor isto teria para o Brasil de hoje?
Tudo isto deveria ser de especial interesse para nós, na medida em que uma análise histórica de longo fôlego mostra que o povo brasileiro vem cursando, com bastante dificuldade (dada a perversa “cegueira” de suas elites(3)), mas com insistência, um processo cujo desiderato implícito é a construção de uma cultura – um modo novo de ser, de ser-com-os-outros, de ser-no-cosmos, enfim de ser-em-boa-paz-com-o-Absoluto. A história da cultura, com suporte nas lógicas, deixa evidente que esta é uma possibilidade bem real, e que a modernidade de modo algum representa o fim da História.
A que você atribui tantas dificuldades em editar sua Filosofia da Cultura?
S- Acho que a explicação é mais ou menos simples. A defesa da cultura, com exceção da cultura dominante, suas variantes e associada foi criminalizada; caso alguém tente é imediatamente acusado de fascista. Você pode cair de pau na economia dominante, como fazem os marxistas, mas isto não é crime. Existem editoras e coleções, muitas fezes direta ou indiretamente financiadas por governos e isto não é nenhum problema. O próprio Marx tinha um empresário com esta especialidade. Agora livros defendendo a importância da cultura, em especial, da cultura brasileira em processo de consolidação atemoriza qualquer editor, que desiste em geral da publicação porque não é comercial, mas exatamente pelo contrário E se for um sucesso de vendas? Que problemas isto pode me trazer?
No Brasil isto está sendo feito de modo sistemático, denegrindo suas figuras históricas, avacalhando com os cursos de história, no financiamento de projetos culturais, especialmente teatrais e cinematográficos, quem controla o acesso à mídia, e até nas notas e moedas, em que os vultos históricos foram todos substituídos por retratinhos dos bichinhos que o sistema econômico vigente está ele próprio exterminando. Vê como são expertos o FHC e o Malan?!
Vou lhe dizer: esta revista que está publicando esta entrevista é muito corajosa!
A sua filosofia da cultura serviria para orientar uma boa escolha na eleição que se aproxima?
S- Sem dúvida, no sentido de clarear o que estaremos fazendo, embora possa mostrar que qualquer escolha será desastrosa. Podemos estar naquele caso tão comentado por Lacan, em que alguém se vê frente à ameaça: a bolsa ou a vida. De qualquer modo irá se separar da bolsa.
Para começar devemos ter em conta que vivemos não numa democracia mas no regime farsista. Qualquer coisa que você será chamado a participar, será sem dúvida uma farsa. Assim, você terá condição de escolher entre o péssimo e a mesma coisa, a menos que alguma falha e você caia de repente numa situação trágica, e aí você terá que decifrar ou morrer.
Se você votar no candidato do governo, estará enterrando qualquer possibilidade não revolucionária de processar boa parte dos que governaram o Brasil por traição aos interesses do Brasil, corrupção e daí para frente.
Você terá a boa vontade de seu senhor quando encontra um escravo cooperativo
Entretanto, no dia seguinte à certeza de sua eleição, haverá uma crise financeira porque virá a fatura de sua eleição. Se isto acontecer, e você tiver algum dinheiro em bolsa ou ativos em cruzados, desfaça-se deles. De qualquer modo as coisas serão recomposta e voltaremos á escravidão, apenas mais um degrau abaixo.
Se você votar na “ esquerda” será tudo exatamente igual, porque quem viabilizou o programa do FHC, não foi o PFL fisiológico, mas as esquerdas que deram legitimidade ao que de pior aconteceu.
Bem, você teria outra opção. Provavelmente não 1lhe permitirão sair do mesmo. Para estes, Itamar é o grande perigo. O Ciro, ninguém tem idéia de quem seja, assim, torna-se perigo para todos os lados, e por isso será facilmente descartado
Se por acaso desse o Itamar, ele seria peitado antes de se viabilizar. Seria justamente aí que precisaria começar a jogar para os brasileiros.
O que você pode ter certeza é que as verdadeiras opções serão negadas à visão e compreensão do povo que estará assim votando em coisa nenhuma e nisso todos estão coniventes. Para ser direto, nosso regime é a democracia e sim o farsismo.
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