6.4.17

Esquerda e direita, hoje, no mundo


Na última eleição francesa, a esquerda, da mais light à mais radical, levava cartazes conclamando: Não a Le Pen, Sim à corrupção (de centro). Significava isto que a direita virou saco de muitos gatos: fascistas, certamente, mas dos não se deixam corromper, dos que usam chapéu coco e sabe-se lá mais o que.

Ora, explicava-se o fascismo como uma reação ao comunismo; como este não há mais, fascismo hoje seria então uma reação a nada? Dizia Walter Benjamin que o comunismo era a politização da arte, contrastando com o fascismo, que seria a estetização da política; mas a arte hoje tornou-se performance ou construções e instalação descartável; então o perigo fascista só mete medo por uma noite; querem construir o novo Reich de fim de semana, uma espécie de encenação operística de uma só noite?

E a idéia de raça? Deixou de ser fascista , generalizou-se e já é perseguida pelos laboratórios genética de todo o “mundo civilizado”.

Nâo há dúvida, por trás da palavra fascismo esconde-se algo que urge descobrir, e que sabemos une todas as tonalidades de esquerda e centro corruptos, desfilando de mãos dadas.

Por trás da questão dos emigrantes está sim, a questão da cultura. O “centro corrupto” que mais trabalhadores baratos, não importa que eles tragam uma nova cultura, até que se tornem maioria, importa sim que se disponham a trabalhos árduos e a ganhar menos. E o que quer a esquerda? Quer demonstrar sua tese materialista, que a cultura não conta e por isso favorece a globalização econômica. Ao contrário do capitalismo de produção, brutamontes, temos hoje o capitalismo consumista, etnocida, vale dizer, etnocida de todas as culturas históricas. É obvio que ele tentará também matar os recém-nascidos da cultura que os irá suceder e é nisso que estão todos acordes, corruptos e esquerda: contra uma nova cultura não materialista.

A criminalização dos que defendem a cultura, transformados todos em fascistas foi a grande façanha ideológica do capitalismo financeiro internacional. Le Pen, um pobre diabo, provavelmente um velho fascista enrustido...sem qualquer importância com o sintoma que foi a eleição francesa.

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