31.3.17

Sumário das contribuições à filosofia da parte de Luiz Sergio Coelho de Sampaio, por Aquilo Côrtes Guimarães


Introdução: A situação da filosofia brasileira além dos limites da Universidade


Nos horizontes de um amplo projeto que desenvolvemos com o apoio institucional subordinado ao título Tendências da filosofia brasileira contemporânea, temos pretendido ressaltar a presença de algumas figuras que vêm construindo modos de pensar representativos no contexto da filosofia contemporânea, fora do pretensioso espaço universitário

Temos constatado Brasil afora a existência de relevantes manifestações do pensamento filosófico que ainda não lograram o realce que merecem no panorama da reflexão contemporânea. Tais são os exemplos - apenas dois - de Mário Ferreira dos Santos, de São Paulo e de Luiz Sergio Coelho de Sampaio, no Rio de Janeiro. Urge, portanto, chamar a atenção das novas gerações para o fato de que a história da cultura brasileira sempre foi a história do encobrimento, do esquecimento, do velamento de parte dos seus valores. Por uma simplória razão: a ausência de diálogo aberto; em última análise, de efetivo exercício da intersubjetividade intelectual que nos mostraria um universo cultural disposto a infinitas explorações que bem poderiam contribuir para a decifração de inúmeros enigmas que permeiam o nosso imaginário. Isto ocorre, quem sabe, em razão do fechamento institucional acompanhado pela mídia , sempre disposta a dar a vez à mediocridade e a desprezar o pensamento, até mesmo por uma questão de sobrevivência da própria mídia. Jornais, Revistas, Televisão e tantos outros meios de comunicação jamais colocariam em evidência qualquer modo originário de pensar, a não ser aqueles carimbados institucionalmente. E muitas vezes, o carimbo, a atenção, vão para aqueles que já grangearam a fama na mídia e pouco têm a ver com a significação do pensamento. Pensamento originário é avesso à fama e, portanto, à mídia. É óbvio que a generalizada ignorância tende a aceitar - acreditar - que a “verdade” aparece por meio dos instrumentos de comunicação, como se esses fossem os autênticos instrumentos de divulgação da cultura.

É nesse sentido que estamos realizando recensões de trabalhos ignorados. E começamos pela obra de Sampaio.



Sumário

Este é um sumário das contribuições à Filosofia da parte de Luiz Sergio Coelho de Sampaio, tendo por preocupação maior ressaltar seus momentos de inequívoca originalidade. Houve, paralelamente, o cuidado de não deixar escapar a linha de continuidade do seu pensamento, o que, aliás, não nos trouxe grandes dificuldades dado o rigoroso encadeamento lógico do material com que íamos nos deparando. Começaremos com a lógica, que sabemos ser seu ponto de partida estratégico; a seguir, trataremos das grandes áreas da filosofia - ontologia, epistemologia, praxiologia -; uma especial atenção será dada à antropologia filosófica e à teologia natural; finalizaremos, abordando suas contribuições críticas aos fundamentos de diversos saberes especializados, como a física, a matemática, a economia etc.



1. No campo da lógica

a) Sampaio considera a lógica um saber sobre os modos efetivos de pensar e não mera convencionalidade linguística formal. Com esta concepção, chega à restauração do mundo da lógica conforme este de fato se apresenta na tradição filosófica, incluindo, entre outras, “as lógicas dialética heraclitiana e platônica, formal aristotélica, transcendental de Kant, Fichte e Husserl, dialética hegeliano-marxista, do paradoxo em Kierkegaard, simbólico-moderna, intuicionista de Brouwer, paraconsistente de Newton da Costa, lacaniana do significante e tantas outras”. Um novo modo de ser real só se entregaria verdadeiramente a um novo modo de pensar; por isso, não é mero acaso que todos os grandes pensadores tenham sido inovadores no campo da lógica.

b) Circunscreve, afinal, a lógica da simples diferença, abreviadamente lógica da diferença (D), com seus dois modos simétrico de realização - paraconsistente ou paradoxal (a negação do estado paradoxal tida por verdadeira) e paracompleta ou intuicionista (a negação do estado indeterminado tida por falsa). A lógica da diferença abrange todas as variedades históricas até então dispersas, sejam implícitas (Pascal, Kierkegaard, Nietzsche, Freud/Lacan, Deleuze etc.), sejam explícitas (sistemas axiomáticos intuicionistas e paraconsistentes).

c) Identifica as lógicas fundamentais - da identidade ou transcendental I e da diferença D -; a partir daí, é possível, com o concurso da noção de síntese dialética generalizada“ / ”(uma generalização da Aufhaben hegeliana), gerar o nome de todas as demais lógicas, ditas lógicas compostas: I/D, dialética trinitária, síntese das lógicas da identidade e da diferença; D/D = D/2, lógica da dupla diferença ou clássica, síntese das lógicas da identidade, da diferença e dialética; I/D/D = I/D/2, hiperdialética qüinqüitária, síntese das lógicas da identidade, da diferença, dialética e clássica; D/D/D = D/3; I/D/D/D = I/D/3; e assim por diante. Cada lógica subsume todas as anteriores de que é síntese e a si mesma.

d) De um lado, deixa definitivamente claro como a lógica clássica (lógica da ciência, D/2) subsume a dialética hegeliano/marxista (I/D), como a supera, ao mesmo tempo que dela herda o poder totalizador . Enquanto a dialética é um pensar sintético da totalidade, a lógica clássica se constitui como uma analítica das totalidades convencionais. Estas considerações formais são essenciais para que possamos dar conta do poder da ciência (hoje, sob a forma de informatização do mundo) e para a compreensão, em profundidade, das vicissitudes ideológicas dos últimos quase duzentos anos. Por outro lado, a confrontação da dialética trinitária (I/D) com a hiperdialética qüinqüitária (I/D/2) é fundamental para a compreensão das limitações da filosofia hegeliana (frente não apenas à crítica científica, mas ao próprio poder fatual da ciência) e, também, para que se vislumbre o caminho para a superação do pensamento único (D/2) hoje hegemônico.

e) Determina, de maneira homogênea, os princípios característicos de cada lógica e suas expressões operatórias (no sentido estrito matemático). Com isso, possibilita a aplicação às lógicas do mesmo formalismo já consagrado na mecânica quântica, o que vai permitir o cálculo dos valores próprios de cada lógica, números estes que constituem autêntica expressão formal dos respectivos valores de verdade. Para a transcendental I, lógica governada pelo princípio do pelo menos um, os valores de verdade seriam 1 e 0; para a da diferença D, lógica do pelo menos dois, 1, 0, -1; para a dialética I/D, lógica do segundo excluído, apenas 1; para a lógica clássica D/2, lógica do terceiro excluído, 1 e -1; e assim sucessivamente. Supera-se, afinal, a escolha representativa da álgebra booleana que fez o verdadeiro = 1 e o falso = 0 (e não -1, como seria filosoficamente correto), o que vinha trazendo sérias dificuldades à constituição de uma visão integrada do território lógico.

f) Identifica inúmeras representações das lógicas em diversas culturas históricas permitindo considerá-las verdadeiros arquétipos formais; cria uma representação canônica - generalização, para todas as dimensões, da noção de pirâmide de base quadrada em 3 dimensões - afim à sua representação algébrica (I, I/D, I/D/2, etc.)

g) “Explicita o modo de “geração” da lógica hiperdialética qüinqüitária (I/D/2), também lógica do quarto excluído, a partir da lógica dialética trinitária (I/D), passagem esta só inteligível a partir do exame de complexa e recôndita simetria.” Trata-se de uma contribuição fundamental para a epistemologia de diferentes campos do saber - economia política, psicanálise, física etc.- onde ocorrem passagens conceituais homólogas de grande complexidade. Descreve com precisão o modo de articulação das lógicas identitárias - transcendental ou da identidade (I), trinitária ou dialética (I/D) e hiperdialética ou qüinqüitária (I/D/2).

h) Heidegger bem discrimina a verdade como adaequatio (D/2) e a verdade como alhéteia (I); Lacan, sem explicitar a inspiração, mas com sabedoria, amplia este quadro; as verdades seriam quatro: total (I), parcial (D), total e parcial (I/D) e nem total, nem parcial, dos modelos representativos, em suma, verdade que não quer saber de si (D/2 ). Sampaio, citando as fontes, dá um último retoque, ainda sugerindo alguns novos nomes; as verdades seriam cinco: alhéteia (I); gozo (D), vitória (I/D); adaequatio (D/2); por fim, amor (I/D/2).



2. No campo da ontologia/epistemologia/praxiologia


a) Reafirma, seguindo velha tradição, a correspondência estrita entre ser e pensar, só que agora, a nível lógico qüinqüitário I/D/2, e não mais a nível transcendental I (Parmênides: pois o mesmo é ser e pensar) ou dialético trinitário I/D (Hegel: O que é racional é real, e o que é real é racional). Aceita a crítica heideggeriana relativa ao afastamento de ser e pensar desde Platão e sua derivação em ontoteologia, mas recusa confundir “co-pertinência” com estrita correspondência. O afastamento era inexorável - por isso pode ele hoje bem parametrizar a história da filosofia (história do esquecimento da questão do ser) -; o estado de “co-pertinência” entre ser e pensar só pode ser de novo almejado como visada transcendente. Esta última atitude distinguiria justamente as filosofias da esperança, a que ele afirma se filiar, das demais filosofias - trágicas, cínicas, nostálgicas, apáticas etc.

b) Distingue três níveis onto-lógicos mundanos correlatos às três primeiras lógicas identitárias: fenomênico (I), objetivo (I/D) e subjetivo (I/D/2). Reestrutura assim a relação objetivo/subjetivo, doravante parte de uma tríade aberta e não de uma díade fechada e, suplementarmente, clarifica a relação entre fenomenologia do que se nos aparece (I), ciência do mundo objetivo (I/D) e as inalcançáveis ciências do espírito (I/D/2). A reiteração das lógicas sobre o desvelado já por outra lógica permite a multiplicação das variedades ontológicas ainda dentro da mundanalidade; assim se geraria a pletora de matérias acadêmicas (economia, sistemas econômicos, história dos sistemas econômicos, doutrinas econômicas, física, epistemologia da física, história da física, política, filosofia política etc.).

c) Ao plano onto-lógico faz corresponder o plano epistemo-lógico, com os mesmos níveis. A lógica de um nível epistemo-lógico é o produto de uma diferença D (representando um distanciamento ou retraimento do mesmo frente ao outro determinante) pela lógica do correlato nível onto-lógico. Os níveis epistemológicos fenomênico, objetivo e subjetivo seriam governados respectivamente pelas lógicas (D)/(I) = D, (D)/(I/D) = D/2 e (D)/(I/D/2) = D/3 (nas “multiplicações” das lógicas os I posteriores a uma diferença D - isto é, exercendo seu efeito anteriormente ao do operador D - podem ser intuitiva e automaticamente descartados; quanto aos Ds, basta apenas que os contemos todos um a um). À lógica do saber objetivo D/2 subsume as lógicas I, D, I/D e D/2. Em consequência, a estas últimas correspondem as posições: de sujeito (I), de referencial subjetivo ou conjunto de grupos operatórios inconscientes para os quais o objeto se revela como invariante (D), de objeto (I/D) e de fundo ou referencial objetivo global (D/2). O “quase” isomorfismo entre o referencial objetivo global e o referencial subjetivo é a necessária ponte entre sujeito e objeto tão reclamada por F. Gonseth - Le référentiel, univers obligé de médiatisation -, mas que sua noção de referencial não dava absolutamente conta). Estruturas semelhantes governariam os outros níveis epistemológicos mundanos.

d) Aos planos onto-lógico e epistemo-lógico faz corresponder o plano práxio-lógico com os mesmo níveis. A lógica de um nível práxio-lógico é o produto da dialética I/D (representando o retorno da autodeterminação ou liberdade I do mesmo, após seu retraimento cognitivo D frente ao outro) pela lógica do correlato nível onto-lógico. Os nível praxiológicos fenomênico, objetivo e subjetivo seriam assim governados respectivamente pelas lógicas (I/D)/(I) = I/D, aqui, lógica da nomeação (o simbólico como modo primário de apropriação do ser, ou seja, degrau zero da técnica, tal como posto no Velho Testamento); (I/D)/(I/D) = I/D/2, aqui, lógica da técnica, da dominação do mundo objetivo; e (I/D)/(I/D/2) = I/D/3, lógica da dominação do ser subjetivo, inacessível ao homem por ser este de estatuto lógico apenas I/D/2. Se há servidão, de algum modo ela é voluntária.

e) A filosofia passaria desta maneira a ser subdividida em três grandes seções: onto-logia, epistemo-logia e práxio-logia - como já se viu, correlatas às lógicas I. D e I/D. Observe-se que a lógica da praxis de um nível é a mesma do nível onto-lógico subsequente (daí, não se poder negar, a pesar de todos os pesares, o papel humanizador da técnica). A reestruturação da filosofia proposta por Sampaio se afigura de grande valor pedagógico. Sobraria ainda a estética e a ética. A primeira teria um estatuto lógico misto {I, D}, tendo em conta que a obra de arte é parecer (D) que reivindica ser (I); a segunda, teria o estatuto misto {I, I/D}, porque trata do ideal (I/D) que pretende ser (I).



3. No campo da Antropologia Filosófica

a) O estatuto onto-lógico do homem seria determinado pela acréscimo de uma diferença D - a diferença clânica do estruturalismo - ao estatuto lógico-simbólico I/D dos animais dotados de sistema nervoso central (SNC). Uma enorme revolução conceitual, porque sempre se acreditou, paradoxalmente, que tal diferença fosse da ordem da identidade - consciência, alma, sopro etc. O animal é um ser simbólico I/D; em decorrência, o homem é um ser lógico discursivo de nível (I/D)/(D) = I/D/2. A capacidade I do animal proveria do modo de formação do SNC, por invaginação do ectoderma - formalmente, colapso de uma diferença, único modo possível de emergência da identidade (I) num mundo primordialmente extenso e/ou criado (D). A capacidade D é o fundamento lógico da sensibilidade. “Constatando-se que nada intramundano possui nível lógico superior a I/D/2, reverte-se o processo de “degradação do homem” promovido pela modernidade; restabelece-se a posição pinacular do homem no universo que lhe vinha sendo repetidamente roubada pelos telescópios - das lunetas ao Hubble - , pelo darwinismo e mais recentemente pelas estruturas por si agentes e falantes”.

b) A sexualidade humana, como em Lacan, passa a ser definida como diagonal de uma estrutura lógica tetrapolar: {I e D/2} como masculino e {I/D e D} como feminino, em contraste com a bipolaridade animal macho/fêmea. Masculino/feminino são assim os dois modos possíveis de realização de I/D/2 , pois, tanto (I)/(D/2) = I/D/2, quanto (I/D)/D) = I/D/2.

c) Dado que a lógica do conhecimento intersubjetivo é D/3 e a da ação intersubjetiva I/D/3, ambas além da capacidade humana I/D/2, tem-se precisamente aqui a circunstância que permite ao homem viver a experiência de uma falta, único modo possível da certeza de algo que lhe transcende. O homem é, por isso, um ser lógico qüinqüitário (I/D/2) e ainda o seu horizonte transcendente (já um pouco mais do que “o homem e suas circunstâncias”).

d) A história do homem é a história da cultura, processo hiperdialético de desvelamento do seu próprio modo de ser lógico - o homem é um ser lógico qüinqüitário, porém, só paulatinamente vai dando conta de que o é. O desvelamento de uma lógica implica necessariamente que dela se alcance uma representação simbólica objetiva. Começa-se com as culturas tribais, pré-I (uma proto-identidade que ainda se ignora) seguem-se as culturas neolíticas ou imperiais antigas de base agrícola, pré-D (uma proto-diferença). Depois vêm as culturas propriamente lógicas: judaica, do Deus único, I; greco-romana, prometeica, D; cristã patrística trinitária I/D. Hoje, domina a cultura moderna, científica, D/2. Estas formam a sequência das culturas nodais, mas a própria complexidade do processo hiperdialético permite uma série de tipos não nodais: anômalas, mistas (de que seríamos um bom exemplo), de transição etc. A religião, em cada cultura, tem por essência a sacralização e guarda de seu núcleo lógico invariante.

e) A cultura moderna está associada à ciência e à sua lógica D/2. A grande problemática ideológica da modernidade nada tem a ver com a ciência - com esta, todos estão a favor -, mas fundamentalmente sobre quem deva ser o sujeito da ciência: para o paradigma anglo-saxônico, trata-se do sujeito liberal I; para a esquerda, do sujeito coletivo ou comunitário I/D; para a direita, do sujeito inconsciente cultural, romântico, telúrico ou libidinal D. “Esquerda e direita, como demonstrado pela História, nada podem contra modernidade, pois, a rigor, são seus próprios modos “desviantes”, modos simétricos de um delirante estado de perfeição”. Assim, a modernidade só será superada por uma cultura nova, na linhagem das lógicas identitárias (culturas do tempo, para Paul Tillich, culturas espirituais, para Toynbee); enfim uma nova utopia em seu justo sentido.

f) A maioria dos pensadores brasileiros não resistiu à tentação de direcionar sua atenção e competência filosófica para o desafio de compreender a alma brasileira, daí, a importância que entre nós, mais do que em qualquer outra parte, alcançou o culturalismo. Sampaio não quis constituir exceção e da lógica ressuscitada á cultura brasileira tratou de encontrar logo o mínimo trajeto. Conforme Sampaio, Brasil é caracterizado pela confluência de um amplo leque de culturas que, de um lado, dificulta a sua modernização (segundo ele, luxo), de outro lado, se constitui base necessária à edificação de uma cultura nova (segundo ele, originalidade) realmente pós-moderna. O problema não estaria na aceitação da ciência, mas na escolha do sujeito que lhe seja apropriado -segundo uns, jesuítico (I/D), libidinoso (D) segundo outros, mas nunca liberal anglo-saxônico (I). Alternativas brasileiras: fracasso (desintegração cultural e política) ou o cumprimento de uma destinação (criação de uma nova cultura). Por tudo isto, devemos ter sempre em conta, que somos talvez o único grande perigo para a cultura dominante e para nós mesmos.



4. No campo da Teologia Natural

a) Sampaio reivindica enfaticamente o direito a uma teologia natural; esta seria a principal e mais segura fonte de inspiração hermenêutica para a teologia revelada, e esta, fonte de inspiração temática e de caminhos de investigação para aquela. A teologia natural torna-se destarte uma extrapolação natural da antropologia filosófica.

b) A vivência humana que justifica a pergunta pelo Absoluto está no cerne mesmo da experiência intersubjetiva, precisamente pela “presença faltosa” do transcendente (D/3). Ademais, estabelecida a hierarquia onto-lógica - mundo fenomênico I, mundo objetivo I/D, mundo subjetivo I/D/2 -, torna-se completamente inequívoco o eixo (lógico) e a direção em que se pode buscar o Absoluto. “Um deus velho barbudo (I/D/2) já seria algo logicamente bem melhor do que um deus energia (D), ao contrário do que pensam muitos crentes esclarecidos.” Por outro lado, deixa patente a inconveniência em teologia da aplicação do atributo infinito ao Absoluto; maior absurdo, ainda, infinito qualitativo, pois, o infinito é precisamente o significante que, por sua presença ostensiva, barra o acesso do Absoluto à expressividade matemática, tal como o zero escamoteia a pergunta pela origem - por que há número e não tão apenas Nada?).

c) A grande tese: “Deus é uno I, Deus é trino I/D, mas igualmente qüinqüitário I/D/2 e, no mínimo, Deus é septendecitário I/D/4” (contando-se 1 pela identidade e 2 por cada diferença, 24 + 1 = 17 será o número das lógicas aqui subsumidas). Sampaio mostra que não pode ser menos e, se mais, o entendimento humano não teria como distinguir. Demonstra que a Revelação pela encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo é um modo paradigmático de comunicação efetiva da referida verdade. A mensagem I/D/4 é ali fragmentada em pedaços todos eles “menores” do que I/D/2, condição incontornável de inteligibilidade humana. Um desenho esquemático, onde representássemos o Cristo como a segunda (D) pessoa da Trindade (I/D) Divina e concomitantemente homem (I/D/2), permitiria imediatamente extrapolar que Deus, em sua globalidade, é de nível I/D/4. Mostra também que o dogma da Assunção da Virgem é um modo alternativo de comunicação da mesma verdade septendecitária. “O nível I/D/3 intermediário entre Deus e os homens, fica reservado a anjos (por isso no cristianismo, que só não comete erros de lógica, são 23 + 1 = 9 os níveis hierárquicos - coros - angélicos) e demônios como acontece na maioria da religiões do mundo.”

d) Há uma perfeita homologia entre os níveis onto-lógicos subsumidos pelo Absoluto - I, I/D, I/D/2 , I/D/3 e I/D/4 - e as lógicas subsumidas pelo homem - I, D, I/D , D/2 e I/D/2. Esta é a significação profunda da afirmação judaico/cristã referente à criação do homem à semelhança de Deus. Esta é também a justificativa precisa da existência de cinco modos básicos do que seria um mesmo ateísmo : sartreano (redução do I divino à liberdade humana I); freudiano (redução do I/D divino ao inconsciente D); marxista (redução do I/D/2 divino à História I/D); científico (redução do I/D/3 divino aos sistemas D/2); humanista ou personalista (redução do I/D/4 à pessoa I/D/2), e não há mais.



5. No campo da Psicanálise

a) Dada a estrita correspondência entre ser e pensar, precisou-se desvelar a lógica da diferença, lógica do outro para se poder pensar, enquanto tal, o inconscient e. Isto teria sido obra de Freud (A interpretação dos sonhos), porém, só completamente explicitada por Lacan com sua lógica do significante.

b) A lógica da diferença (D) é a lógica do inconsciente; seus dois modos de realização, paraconsistente (ou paradoxal) e paracompleto (ou intuicionista) correspondem exatamente aos processos primários - condensação e deslocamento.

c) Demonstra que os matemas ou “fórmulas quânticas da sexuação” lacanianas são expressões da lógica da diferença utilizadas metaforicamente - diga-se de passagem, com grande eficácia - na caracterização das quatro lógicas de base - I, D, I/D e D/2 -, daí, sua perfeita adequação para exprimir os modos sexuais humanos, o masculino e o feminino.

d) A sequência das lógicas dá conta das fases de desenvolvimento intelectual (Piaget) e, surpreendentemente, de modo ainda mais rigoroso, das fases do desenvolvimento psíquico/emocional (Freud). Dissolve dois problemas crônicos da psicanálise - a questão do Édipo e do superego nas mulheres - fazendo com que masculino {I, D/2} e feminino {I/D, D} sejam modos simétricos da realização do ser humano em sua integralidade I/D/2. Também as psicoses e neuroses encontram seus determinantes formais nas lógicas de base. A lógica I/D, por se constituir na lógica da objetividade, traça a linha divisória: aquém de I/D, ficam as psicoses; em I/D e além, as neuroses.

e) Como I/D/2 é a lógica do quarto excluído, possui três valores próprios ou três valores de verdade circularmente simétricos, de onde imediatamente se conclui que o homem só pode alcançar sua plenitude no mínimo em três. Em dois, na melhor das hipóteses, ficará preso a uma neurose histérica.

f) Demonstra ainda que as modalidades aléticas não podem ser convenientemente definidas no interior da lógica clássica ou mesmo de qualquer outra lógica específica, como fazem a maioria dos lógicos. Verdade já implícita no discurso lacaniano, elas - o necessário, o contingente, o impossível e o possível - são, de fato, modos de ser lógicos, correlatos respectivamente às lógicas I, D, I/D e D/2. A lógica transcendental I é a lógica do ser necessário; a lógica da diferença D, do ser contingente; a lógica dialética I/D, do impossível; a lógica clássica D/2, do ser possível ou calculável. Esta contribuição, pela sua especificidade, deveria figurar também no item 1 anterior dedicado à lógica.



6. No campo da Filosofia de Alguns Saberes Especializados

A lógica ressuscitada vai se constituir em poderoso instrumento para a abordagem filosófica das diferentes áreas de saber: crítica dos fundamentos, avaliação “externa” das dificuldades e impasses, recomposição da verdadeira historicidade etc. Dada a riqueza de possibilidades as áreas exploradas são naturalmente ainda em número reduzido - linguagem, matemática, física/cosmologia e economia.



6.1 Filosofia da Linguagem

a) A idéia, o conceito, ou melhor, o ser simbólico é de nível lógico dialético (Platão, do diálogo Parmênides). O ser simbólico (I/D) lógico-diferencialmente repensado, vale dizer, reduzido a simples significante (D), depois articulado por regras ou leis convencionais, ou seja, pela gramática (D/2), leva à consecução do discurso (I/D/2).

Tendo em conta as cinco lógicas subsumidas por I/D/2, a linguagem, enquanto governada pela lógica transcendental I, constitui-se metalinguagem de si mesma; enquanto governada pela lógica da diferença D, é referencial, isto é, remete a outro; enquanto governada pela lógica dialética I/D, é ser histórico, o que significa que ela dá conta do devir do mundo a partir de suas próprias tensões internas; enquanto governada pela lógica clássica D/2, ela é argumentativo-formal; por fim, enquanto governada pela lógica qüinqüitária I/D/2, ela é ilimitadamente aberta ou complacente à significação (dispõe de poder conotativo sem limites, bem ao contrário do que acreditava Wittgenstein).

b) É fácil por aí compreender porque pode-se dizer que o homem é essencialmente ser discursivo e que, na educação para a cidadania plena, deve-se exigir mais que o ensino da linguagem como simples instrumento de comunicação e expressão. Como já foi bem dito, língua é pátria.




6.2 Filosofia da Matemática

a) “A matematicidade da matemática assentaria, em primeiro lugar, na arte de escamotear o Nada autêntico exibindo em seu lugar um significante espacializado, simétrico a esquerda e a direita - o zero, o conjunto vazio, a operação de identidade simétrica (na versão substancialista ou conjuntista do edifício matemático), os automorfismos extremos (na versão funcionalista ou categorista do edifício matemático)”. Além desta, em ambas as versões, exigir-se-ia também o fechamento e a associatividade. Em suma, a essência do ser matemático assentaria nas três decisões básicas seguintes:


a) imposição de uma neutralidade simétrica, a esquerda e a direita;

b) sujeição à propriedade de fechamento;

c) sujeição à propriedade da associatividade.


Estas três decisões, a rigor, estariam incidindo sobre os poderes lógico-identitários (I, I/D, I/D/2) da linguagem natural. “A primeira congela, esteriliza ou recalca o poder lógico-transcendental (I) que faz da linguagem metalinguagem de si mesma; a segunda congela, esteriliza ou recalca o poder lógico-dialético (I/D) que faz da linguagem um ser histórico; a terceira congela, esteriliza ou recalca o poder lógico-qüinqüitário (I/D/2) da linguagem que a faz ilimitadamente aberta ou complacente à significação.” Com isso a linguagem natural (I/D/2) fica reduzida apenas aos seus poderes lógico diferenciais, D e D/2 .

Em termos conjuntistas estas mesmas três propriedades (ou poderes denegados!) são necessárias e suficientes para a definição do monóide; “o mais simples dos monóides livres, gerado a partir de apenas dois elementos - que poder-se-ia arbitrariamente denominar I ( representando o zero), e D (representando a noção de sucessor) -, constitui exatamente a sequência dos números naturais”. De um ponto de vista intuicionista, bastaria tanto.

b) Uma atitude mais restritiva do que seja a essencialidade do ser matemático, que o reduzisse à pura sintaxe ou gramática formal, exigiria suplementarmente o congelamento, esterilização ou recalque do poder lógico diferencial D da linguagem, o que pode ser feito através da imposição da propriedade da simetria generalizada. Chegar-se-ia, assim, a uma linguagem que seria pura forma, governada apenas pela lógica clássica D/2 (uma pretensão que, depois dos teoremas de Gödel, se sabe impossível). Ao invés de três seriam então quatro as exigências da matematicidade - a existência de um neutro simétrico, o fechamento, a associatividade e ainda inversibilidade geral -, que precisamente definem a noção de grupo matemático ( Spengler, em A decadência do Ocidente, sabiamente identifica grupo como a noção fundamental da matemática na cultura ocidental).



6.3 Filosofia da Física/Cosmologia

a) Retoma o projeto kantiano, qual seja, o da determinação das condições a priori da verdade no campo das ciências exatas, particularmente da física. Em princípio o sujeito da ciência seria o mesmo sujeito lógico transcendental, mas a diferença relativamente a Kant está em que isto não reduz a capacidade lógica do sujeito à simples capacidade lógico- transcendental, a simples cogito ou sujeito transcendental. “Agora, transcendental é, na verdade, a lógica da "posição" ou "lugar" de sujeito da ciência, porém, não se podendo confundi-la com a globalidade de sua capacidade operatória. Apenas um exemplo: a ação de sujeito da ciência envolve a capacidade de medir, calcular, elaborar sistemas axiomáticos, todas regidas pela matemática e esta, pela lógica clássica.” Como obviamente esta não provém do fenômeno, deixa como única alternativa o fato da sua proveniência subjetiva. A produção do objeto científico – partículas, átomos, núcleos atômicos, nebulosas etc. –, segundo esta visão, mobiliza uma longa cadeia de determinações lógicas: o objeto natural – a res extensa– é inicialmente desvelado pela lógica da diferença ou da espacialidade (D); o produto desta primeira operação é repensado pela lógica do conceito ou da idéia – a dialética (I/D) – o que lhe confere uma suposta significação e o subtrai, assim, do mundo da contingência. Se ficássemos aí, estaríamos precisamente no seio da magia. “O pensamento científico nasce no exato momento em que esta exorbitância é corrigida ou anulada através do expediente de se desconsiderar o sentido do objeto simbólico e tomá-lo apenas como simples significante, o que equivale a "visá-lo", de novo, pela lógica D, já agora lógica do significante. Nesta operação de ida e volta, de atribuição de significação e retirada de sentido referencial ou extensivo, sobra algo: a possibilidade de sua articulação a outros significantes por uma lei externa, que não pode ser senão a lei científica e, também, a possibilidade de uma significação intensiva, quando ele é feito equivalente a um ou mais conjuntos articulados de outros significantes (como num dicionário). Sua ulterior mensuração é uma operação lógico-clássica (D/2 ) que, afinal, revela o objeto como um conjunto ordenado de números, e depois, como objeto sistêmico; enfim, objeto científico propriamente dito.”

b) “A filosofia teria sido a busca inconsciente desejante do ser uno (I) que a cultura grega (lógico diferencial D) recalcara no processo mesmo de sua constituição.” Este modelo, que dá conta também do surgimento do pensamento mítico, é transladado para dar conta, igualmente, da essência e história da física moderna. “Esta seria produto do exercício de um pensamento sistematizador D/2 desejante do uno/trino I/D, essência da cultura medieval, recalcado pela própria emergência da cultura moderna.” O uno/trino é exatamente a forma do tempo, espaço e matéria , grandezas suficientes para definir qualquer sistema de medida, portanto, para dar conta de todos os processos físicos.

c) “A física einsteiniana daria acabamento ao projeto de Descartes - o mundo como res extensa. Einstein, o mais moderno dentre os modernos, submete ou subordina tempo e matéria ao espaço (ou à geometria): a relatividade restrita espacializa o tempo, fazendo-o quarta dimensão do espaço, e a relatividade geral espacializa a matéria, fazendo sua densidade igual à curvatura local do espaço. Pode-se adivinhar o seu futuro sabendo-se que isto constitui uma heresia subordinacionista!” Do mesmo modo como Platão (segundo Heidegger) teria dado fim à filosofia grega, abandonando o uno (I) aquém da diferença (D), para buscá-lo além, como idéia ou conceito trinitário (I/D), pode-se facilmente prever a vinda de um Platão exterminador da modernidade, que abandone o uno/trino (I/D) aquém da dupla diferença (D/2) científica, para buscá-lo além, como discurso pleno qüinqüitário (I/D/2), complementa Sampaio.

d) No terreno da cosmologia ressalte-se a nova e radical interpretação que é dada ao princípio antrópico (homem e universo como correlatos necessários) – conjectura polêmica de grande atualidade nos círculos cosmológicos. Do princípio original guarda apenas a intuição de um lugar marcado, de um presumido ponto de encontro entre o pensamento (lógica) e realidade (física).

e) “O cerne da nova interpretação se vale da correspondência estrita que se veio estabelecer entre as estruturas lógicas e o conjunto das chamadas partículas elementares: três espécies de neutrinos, fótom, elétrom, bosons fracos, quarks, gluons, miom, pions, prótom etc. Tão estreita se afigura a correspondência, que as partículas elementares podem ser consideradas como possuindo, além do seu específico conjunto de qualidades físicas – massa, carga, spin, momento magnético etc. –, também, qualidades propriamente simbólicas definidas por sua posição nas estruturas lógicas.” Em suma, se afirma que as partículas elementares constituem uma mensagem, em princípio, pois, legível. Que se pretende ler aí? Tão apenas as estruturas lógicas que dez ou vinte bilhões de anos após o big-bang iriam se concretizar ou atualizar no advento do homem! Em suas palavras: “as partículas elementares se constituiriam, literalmente, no código genético do Espírito, assim como o DNA o é da vida”.



6.4 Filosofia da Economia

a) Porque trabalho é meio, esforço que se faz visando outra coisa que a si próprio, sua lógica é a da diferença D; como a essência do econômico é o trabalho, sua lógica também é D. O econômico, assim, situa-se entre o cultural (responsável pela identidade I do grupo) e o político (responsável pela síntese dialética I/D da força cultural unificadora e da força econômica diferenciadora).

b) As lógicas da identidade (I), da diferença (D) e dialética (I/D) seriam os determinantes a priori, respectivamente, dos valores de uso, trabalho e de troca. A troca é uma instituição duplamente dialética na medida em que ela só se realiza nas condições de identidade (I) dos valores trabalho (D) e diferença (D) nos valores de uso (I). Os bens dotados de valor de troca ganham por isso, necessariamente, o estatuto de ser simbólico. A fetichização da mercadoria seria assim algo inexorável.

c) As lógicas subsumidas por I/D/2 determinariam a priori as cinco funções básicas da estrutura econômica moderna: em I, a função de empreendedor (sujeito Schumpeteriano); em D, o consumo; em I/D, o capital; em D/2, o trabalho organizado ou alienado (diferente do trabalho puro que, já se viu, é D); por último, em I/D/2, a tecnologia. As classes sociais se definiriam e articulariam do seguinte modo: classe burguesa ou empresarial, assumindo as funções governadas por I, I/D e parcialmente em I/D/2 (financiamento e orientação do desenvolvimento tecnológico); classe trabalhadora, como tal, em D/2 e parcialmente em D, adquirindo apenas o suficiente para que não morra de fome; por fim, articulando as duas, a “classe média”, parcialmente em D, concorrendo com os trabalhadores, e também parcialmente em I/D/2 , cooperando com os empresários através da disponibilização do seu saber.

d) Estas considerações, na aparência muito abstratas, seriam, segundo Sampaio, o exato necessário para a compreensão do capitalismo brasileiro. No Brasil, a classe dominante prefere: em lugar da iniciativa livre econômica, a joint venture em que ela entra apenas com o tráfico de influências, não precisando se apoquentar com a criação de alguma coisa nova; em lugar do próprio capital, o capital estrangeiro e dos bancos oficiais, não correndo o risco de se aborrecer por ter colocado o seu no fogo; em lugar de orientar e financiar o desenvolvimento científico-tecnológico, aquisição de tecnologia para não se desgastar, alega, inventando pela segunda vez a roda. “Em suma, se demitem de todas as suas funções específicas identitárias - I (livre iniciativa), I/D (capital) e I/D/2 (financiamento e orientação do desenvolvimento tecnológico) - e entram apenas com o trabalho barato D/2 e o mercado D, funções, como visto, típicas do trabalhador; vale dizer, entram apenas com o outro, o que faz com sua “atividade econômica”, em essência, quase nada difira da exploração do lenocínio.”

e) A “classe média”, na circunstância, perde boa parte do que teria realmente a fazer - conservação e ampliação dos níveis de produtividade -; com isso se esvai o enorme poder de barganha que tem nas nações desenvolvidas por assim viabilizar o processo de acumulação de capital. Ao invés de lutar por uma relativa independência tecnológica da nação, o que restituiria seu poder de barganha, restringe-se a lutar para não se proletarizar; uma proletarização, que já se viu, logicamente impossível. O povão, explorado por todos os lados, aguentaria o quanto pode, imaginando que sua destinação não seria mesmo o luxo, mas a originalidade, a criação de uma cultura nova qüinqüitária




Referências bibliográfica


a) Escritos e vídeo de L. S. C. de Sampaio:


1. A Permanente Revolução do Analógico ao Convencional – Rio de Janeiro. Parcialmente publicado no JB em 07.09.80 – (PRA).


2. As Lógicas da Diferença – Rio de Janeiro, Ed. EMBRATEL, 1984 – (LDI).


3. Informática e Cultura – Rio de Janeiro, Ed. EMBRATEL, 1984. – (INC)


4. Notas sobre a Significação da Teoria Axiomática dos Grupos. Rio de Janeiro, Ed. EMBRATEL, 1984 – (TAG)


5. Noções Elementares de Lógica – Tomo I. Rio de Janeiro, Ed. Inst. Cultura-Nova, 1988 (xerografado) – (NEL-I).


6. Lógica e Economia. Rio de Janeiro, Ed. Inst. Cultura-Nova, 1988 (xerografado) – (LEC).


7. O Mundo Concreto. Tempo-espaço e Materialidade. Partículas e Forças, Vol. I e II. Rio de Janeiro, Ed. Inst. Cultura-Nova, 1988 (xerografado) – (MCT).


8. Noções Elementares de Lógica – Tomo II. Rio de Janeiro, Ed. Inst. Cultura-Nova – 1989 (xerografado) – (NEL-II).


9. Lógica e Psicanálise - nove ensaios. Rio de Janeiro, Ed. Inst. Cultura-Nova, 1990 (xerografado) – (LPS).


10. Depoimento para Rumos da filosofia atual no Brasil em auto-retratos – 2º volume (publicação idealizada e dirigida pelo Dr. P. Stanislavs Ladusãns S.J. que infelizmente faleceu antes de sua efetiva publicação). Rio, 1990 (RFB).


11. Noções de Onto-teo-logia. Rio de Janeiro, Ed. Inst. Cultura-Nova, 1990 (xerografado) – (OTL).


12. Noções Elementares de Lógica – Compacto. Versão abreviada e significativamente modificada do volume I da obra homônima acima mencionada. Rio de Janeiro, I. Cultura-Nova, 1991 (xerografado) – (NEL-C).



13. Lacan e as Lógicas. Versão em português de artigo já aceito para ser publicado em Cahiers de lectures freudiennes.– (LEL).



14. Apontamentos para uma história da física moderna. Rio de Janeiro, UAB, 1993/1997. (xerografado) – (AHF)



15. Dialética trinitária versus hiperdialética qüinqüitária. Rio de Janeiro, junho de 1995, (xerografado) – (TVQ)



16. A matematicidade da matemática surpreendida em sua própria casa, nua na passagem dos semigrupos aos monóides. Rio de Janeiro, outubro de 1995. (xerografado) – (MMS)



17. Lógica e Realidade - sob as vestes, ora mais, ora menos adequadas, de uma retórica formalizante. Rio de Janeiro, fevereiro de 1996.(xerografado) – (LER)



18. Noções de Antropo-logia. Rio de Janeiro, UAB, dezembro de 1996. (xerografado) – (NA-L)



19. Princípio Antrópico - um novo fundamento e uma significação renovada.. Rio de Janeiro, UAB, fevereiro de 1997. (xerografado) – (PAN)



20. Seis ensaios a partir da lógica ressuscitada. Rio de Janeiro, 1997, submetido para publicação – (SEL)



21. Noções de teo-logia. Rio de Janeiro, UAB, 1997. (xerografado) – (NTL)



22. A grande tarefa de nosso tempo: uma nova filosofia. Notas para a aula inaugural do curso de Iniciação à Filosofia - convênio AMAL/UAB. Rio de Janeiro, 1997 (xerografado) – (GTT)



23. Outra vez, a matematicidade da matemática. Rio de Janeiro, UAB, dezembro de 1997 – (OVM).

24. Introdução à Antropologia Cultural. Vídeo, cerca de 3,5 h de duração, UAB, 1994.



b) Escritos sobre L. S. C. de Sampaio


1. CÔRTES GUIMARÃES, Aquiles. Tendências da Filosofia Brasileira Contemporânea - os neohegelianos. Projeto de pesquisa para o CNPq. Rio de Janeiro, novembro de 1994.


2. JORGE JAIME de Souza Mendes. Luiz Sergio Coelho de Sampaio, filósofo da lógica ressuscitada e anunciador de uma cultura nova qüinqüitária que se nos avizinha em História da filosofia no Brasil, vol. IV. Rio de Janeiro, Vozes (no prelo)


3. BARBOSA, Marcelo Celani. As lógicas -as lógicas ressuscitadas segundo Luiz Sergio Coelho de Sampaio. S. Paulo, Makron Books,1998.(no prelo)










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